O último lugar em que você esperaria ver um pornô seria na sala de estar de um pastor.
Mas
entre o retrato quebrado de Natal da minha família e uma impressora
matricial ficava a tela de um computador. Mal eu podia saber que o lugar
onde eu digitei relatórios de livros ou mandei mensagens instantâneas
aos amigos também se tornaria a porta para uma quantidade interminável
do fruto proibido – e uma quantidade sem fim de culpa.
Crescendo
como a filha de um pregador Batista, eu era o retrato de 16 anos de
idade da ingenuidade. Minha família havia recém se mudado de uma pequena
e isolada cidade no oeste do Texas para Dallas, e em questão de dias em
minha nova residência, fui bombardeada pela prevalente cultura sexual
de uma grande cidade.
Clubes
de strip e cartazes acompanham as rodovias. Havia um sex-shop gigante a
poucos quilômetros de nossa casa. Hormônios adolescentes inflamados e à
tentação de me deixar levar pela minha curiosidade revelou – se uma
combinação perigosa.
Meus
pais e meu irmão adormeceram rapidamente enquanto eu conectei à Internet
uma noite. Eu busquei a palavra “sexo” e em segundos tive acesso a um
mar de loiras prateadas bem dotadas fazendo coisas com rapazes (e
mulheres) que eu nunca havia visto antes.
Por
morar em casa e o único computador estar na sala, não havia muitas
oportunidades para fazer minha “pesquisa de educação sexual”, mas sempre
que eu estava sozinha, eu rapidamente satisfazia meu interesse.
Eu me
formei cedo no ensino médio e logo me mudei para fora de casa quando
tinha apenas 17 anos de idade. Eu tinha o meu próprio espaço com o meu
próprio computador, e todo o tempo livre no mundo. Eu ia trabalhar (em
uma livraria cristã do bairro), voltava para casa, e olhava pornografia
quase todas as noites.
Eu
frequentava chats eróticos, assistia a filmes e navegava através de
centenas e centenas de fotos. Logo meu problema com a pornografia
começou a afetar meu desempenho no trabalho e meus relacionamentos.
É
claro que nunca mencionei minha luta para ninguém. Pornografia era algo
típico, até esperado, de rapazes, mas uma menina? Uma menina que gosta
de pornografia? Eu questionava frequentemente minha orientação sexual.
Por
que eu gostaria de olhar mulheres nuas? Eu era homossexual? Bissexual?
Pervertida? Eu odiava muito o que estava fazendo. Eu sabia que era
errado, mas não conseguia parar.
O
ciclo continuou durante anos. Me sentindo culpada e jurando nunca
fazê-lo novamente, e sucumbindo alguns dias mais tarde. Eu orava a Deus
para levar embora os meus desejos. Foi quando eu percebi que era mais do
que apenas olhar para as fotos.
Não
podia deixar de pensar nisso, e eu tinha mais do que suficiente em
imagens gravadas na minha memória para jogá-las novamente no pensamento,
mesmo que eu conseguisse ficar fora do computador por um tempo.
Então,
por que as mulheres lutam com isso? Embora estereotipicamente não somos
tão visualmente estimuladas quanto os nossos colegas masculinos, não
somos cegas. Há algo sobre o corpo de uma mulher que é bonito e
misterioso, até mesmo proibido, e que brinca com a nossa psique e nos
tenta.
Pelo
menos para mim, ver estas mulheres perfeitas alimentava uma enorme
necessidade emocional. Eu era capaz de me colocar no papel do que eu
estava vendo, e, ao fazer isso, me fazia sentir bonita e aceita.
Eu me
transformava num corpo perfeito, sexy, e eu era desejada e querida. Eu
era capaz de escapar da minha aparência física imperfeita e ser
transformada, em minha mente, nesta mulher perfeita.
Minhas
atividades online também estragaram minha vida diúrna. Eu fui noiva por
cerca de um ano e enganava meu noivo. Depois disso, eu “namorei” vários
caras novos por mês, me envolvendo fisicamente com eles de alguma
forma.
De
acordo com tudo que eu tinha visto, ser aceita e amada significava um
relacionamento sexual, e que menina não precisa ser aceita e amada? Fiz
meu corpo e meu coração em pedaços durante esses anos.
Quando
eu estava com 21, me envolvi em um grave acidente de carro que me levou
a reavaliar a forma como eu estava vivendo minha vida. Naquela altura,
eu estava fingindo que não havia Deus, exceto quando eu precisava do Seu
perdão, e só então eu voltava correndo para Deus. Após o acidente,
finalmente algo estalou, e eu percebi que amor não é igual a sexo.
Foi
nesse momento que eu decidi dar meia volta – mudar o meu pensamento – e
então minhas ações eventualmente (e com esperança) mudar também. Tive de
dizer adeus aos meus hábitos online, e aos offline também.
Faz
10 anos desde o meu primeiro encontro com a pornografia online, e eu
gostaria de admitir que eu fiz um caminho perfeito até a pureza.
Gostaria de poder dizer que eu sempre me mantenho em pensamentos
corretos ou desligo o computador quando a tentação começa a ser demais,
mas a verdade não é esta.
Eu
ainda sou uma menina que luta. Eu ainda sou uma menina que vive um dia
de cada vez, dependendo de um Deus cuja concepção de sexo e amor é muito
além do que eu poderia sequer imaginar. Assim, a cada dia e todos os
dias, eu oro a Deus para primeiro dirigir e depois redirecionar meu
pensamento como for necessário.
E eu sou grata pois Ele é fiel para me encontrar em algum lugar entre o mouse e a tela do computador.
Texto retirado e traduzido do sitio Relevant Magazine e traduzido por Ale Seloti. O original está aqui sob o nome de Dirty GIrls: The new porn addicts.
2 comentários:
"Mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros.
Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?
Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Assim que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado."
Romanos 7:23-25
Todos nós estamos debaixo da lei do pecado, e o pecado é um julgo que nos prende. Romanos 6:23 diz que o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor. Ele morreu para nos livrar desse julgo, o seu sangue caiu sobre nós, e sob suas pisaduras nós fomos sarados.
O Espírito está pronto, mas a carne é fraca, mas pecado não é vitamina irmãos, temos sim, que lutar contra essa carne maldita.
Gálatas 5:27
Porque o Espírito cobiça contra a carne, e a carne cobiça contra o Espírito, e estes opoem-se um ao outro, para que não façais o que quereis.
Dê mais lugar ao seu Espírito, amem.
Só uma correçãozinha, a ultima citação que fiz, o correto é GALATAS 5:17 e não 27, perdoem-me.
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